24 de novembro de 2010

IN SECRET II

Colégio Feliciano Pires.
Foi nesta escola que fiz o "Curso Normal Regional", o que equivale de quinta a oitava serie de hoje.
Estas eram as meninas da turma. Um tempo mágico.
Foi neste tempo que descobri a leitura. Tinha sede de cultura, mas não sabia onde procurar.
O rádio era o meu companheiro de todas as horas. Era um rádio "Semp", colocado em uma prateleira em lugar de destaque da sala de jantar. Não existia televisão ainda.
Ficava horas sentada na frente do rádio escutando músicas e novelas. Foi através do rádio que conheci Johnny Mathis, Louis Armstrong, Elvis Presley, Beatles, Ray Conniff, Gianni Morandi, Pepino di Capri, Rita Pavoni e outros...Escutava a Radio Nacional de S.P., Radio Tupy, a Jovem Pan. São Paulo e Rio de Janeiro eram lugares muuuitoooooooo distantes, inatingiveis na minha concepção de adolescente. Ferreira Martins, meu disc joquey favorito, da Jovem Pan, que dizia todos os dia a frase: "Se o amor for mais que tudo, haverá silencio total no mundo". E as rádionovelas? O Direito de Nascer, O Morro dos Ventos Uivantes, Amor Sublime, Lagrimas de Sangue, etc...etc..etc...
Aí chegou a televisão... preto e branco... meus domingos não eram mais os mesmos. A Jovem Guarda embalava meus sonhos aos domingos a tarde. "É uma brasa mora"!!!
A matine aos domingos era esperada e planejada a semana inteira...Cine Real e Cine Coliseu... E quando o pai proibia? Todos os sonhos ruiam e me sentia a pessoa mais infeliz do mundo.
Chegava a segunda feira, quando nos reuniamos no pátio da escola para conversar sobre nossos idolos e nossos amores.
Alguém me acha na foto?

Um comentário:

Leci Irene disse...

Menina! Que tempo lindo! Se algum adolescente de hoje ler teu texto vai achar que isso é algo que nunca existiu! hehehehe... Cá entre nós, a radionovela fazia a gente imaginar a cena, criar a cena e dar rosto e corpo aos personagens,.... Hoje a gente num tem mais este "espaço-criador" hehehe

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